16 maio, 2009

A Vida é Bela


Um excelente título otimista.
Uma bela história de amor.
Não um amor comum, homem e mulher, mas sim um amor maior (talvez o maior de todos pra um homem), o amor entre um pai e um filho.
Roteiro trágico. Difícil. Cheio de percalços. Situações extremas. Dificuldades. Um só sentimento pra enfrentar tudo.
Já tá no título, é um filme que fala da vida.
Da vida de Guido? Sim.
Mas da dele também.
Felizmente, não há guerra, não há campo de concentração. Nem Dora.
Mas há dificuldades, problemas, receios, medos.
Infantis, mas ainda sim, medos.
O amor de pai por um filho, na vida dele, não é pelo seu filho. Mas pelo filho de outro, que de tão próximo a ele, poderia ser seu.
Em sua vida, a mesma missão de Guido:
Afugentar os temores do pequeno coração.
Divertir para fugir à realidade nem sempre colorida e bela.
Distrair as inquietações.

Ensinar que a vida é bela.

Mas também ele aprende com o pequeno.
Aprende a sorrir seu mais natural e espontâneo sorriso.
Aprende que sentir dores para evitar as dores dos outros é nobre, é gratificante.
Aprende o clichê de que amor não escolhe sexo, idade.
Ainda que não fale, ou que o garoto seja pequeno demais pra entender.
Ainda que o garoto possa não saber o que venha a ser o amor.
Eles se amam.
Um amor quase de pai.
Um amor quase de irmão.
Um amor quase de amigo.
Um amor quase de familiar.
Um amor diferente.
Porque ele sabe que só na presença do pequeno, sorri com sua melhor cara de bobo, orgulhoso.
Sabe que fazer o pequeno feliz, o faz muito feliz.
Exercita ali seu amor de pai, que um dia usará.
Mas pra sempre guardará registrado no coração aquele amor, de pai, de irmão, de amigo, de familiar, diferente.
Um amor que o faz enfrentar os problemas e dá força aos dois pra seguir acreditando, que por mais que o Roteirista espalhe anti-sujeitos e percalços narrativos...

A Vida é Bela.

Um comentário:

  1. nem todos os nossos medos são infantis. por mais que pareçam.
    e não devemos subestimá-los.
    ele pensa que todos os seus medos e problemas são menores do que realmente são e acaba dando uma proporção muito maior do que eles merecem.
    ele se engana. muitas vezes sofre com isso. mas compensa de alguma forma.
    e a principal delas é a maneira como ele cuida das pessoas que ama.
    ele pode se pensar fraco, mas é mais forte do que imagina.
    faz um esforço sobre humano para manter acesa a chama da fantasia do mundo daquele Príncipe tão pequenino que ele leva nos braços e cuida como se fosse seu Rei.
    e é.

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